Marcela Rochetti -
Gabriel Fricke, 24, “tem o jornalismo no sangue”, como ele mesmo diz. Formado pela UFF, estagiou muito e aproveitou todas as oportunidades que a universidade poderia oferecer. Viajou, por exemplo, para Londres, onde acompanhou as Olimpíadas por indicação de um professor. Hoje, trabalha como Editor de Conteúdo de Web do Globo esporte.com e vai participar da mesa “Prata da Casa” do próximo Controversas, evento que ajudou a organizar na época em que era estudante. Confira a entrevista com Gabriel, que volta à UFF no dia 27 de novembro às 19h30 para a mesa que reúne ex-alunos da universidade.
Como foi iniciar a faculdade?
Eu tinha 19 anos quando entrei na faculdade. Foi uma alegria enorme. A UFF contribuiu com toda a parte teórica e com a bagagem que ganhei dos professores extremamente capacitados. A UFF te ensina a ter um pensamento crítico, essencial para a prática do bom jornalismo.
Por que escolheu jornalismo?
Eu posso dizer literalmente que nasci para isso. A comunicação está no meu sangue. No dia em que nasci, a Carla Vilhena, atualmente repórter do Fantástico, cuja mãe foi madrinha de casamento da minha mãe, foi me visitar e disse que eu seria jornalista. Por acaso o dia 11 de junho também era aniversário dela. Quando cresci um pouco minha mãe me contou essa história e eu comecei a falar que queria ser jornalista. Fui orador em todas as minhas formaturas. De alfabetização, oitava série, terceiro ano e até na faculdade. Meu avô foi radialista, era um humorista chamado Castro Barbosa, que tinha um programa com o Lauro Borges chamado PRK-30 na Rádio Nacional. Além disso, sempre amei ler muito e escrever e acho que nossa profissão é muito nobre.
Durante a faculdade, fez algum intercâmbio ou participou de algum projeto? Conte um pouco sobre essas experiências.
Eu não fiz intercâmbio nem projeto, mas fui para Londres a partir de uma indicação da UFF para cobrir o impacto social das Olimpíadas de 2012 na capital inglesa. Tudo partiu de uma indicação do professor João Baptista de Abreu. Foi uma das maiores alegrias da minha vida e também uma das experiências mais ricas. Ainda mais para quem é um jornalista esportivo. Fui para o Centre de Perfectionnement et de Formation des Journalistes, CFPJ, em Paris. Tínhamos dois editores super experientes, um de web e uma de vídeo. E publicávamos tudo no site. Eu já era fluente em inglês, mas tive de aprender francês em seis meses.
Fez algum estágio durante a faculdade? Qual, onde? Que importância teve no seu desenvolvimento acadêmico?
Os estágios são vitais para o desenvolvimento profissional. Seu futuro emprego pode sair de um contato da sua época de estagiário. Fiz muitos estágios. Trabalhei em um setor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, IFRJ. Fui para a Monte Castelo Ideias no setor de assessoria de imprensa. Também estagiei em rádio, na SulAmerica Paradiso e na Mix FM. Depois fui trabalhar com “all News” na BandNews Fluminense FM e, por fim, fui para a Rede Globo para trabalhar no globoesporte.com, onde fiquei dois anos como estagiário.
O que você fez depois que terminou a UFF e onde você está hoje?
Antes de sair da UFF meu contrato de estágio com a Globo acabou e fui contratado como temporário. Era um acordo de seis meses. Acabei ficando três e sendo efetivado como Editor de Conteúdo Web e Repórter na editoria de Esportes Olímpicos, que cobre tudo que não é futebol e MMA.
Qual a sua expectativa para o Controversas?
Minhas expectativas são as melhores. Acho o Controversas crucial para a UFF e para a comunicação como um todo porque promove um debate intenso e uma troca de experiências riquíssima. Tenho orgulho de ser convidado porque já ajudei a fazer uma das edições, inclusive foi minha turma que fez o primeiro evento e escolheu esse nome.
Você tem algum conselho para quem está começando?
Meu conselho é ler muito. Aproveitar ao máximo os estágios e tudo que a UFF pode te oferecer. Viajar se puder. Mas principalmente, seja curioso. Corra atrás. As matérias mais recompensadoras são as que dão mais trabalho de fazer. Seja criativo. Tente fugir das fórmulas prontas e busque novas maneiras de fazer a coisa. E claro, seja crítico. As vezes é muito complicado algo dar certo na nossa profissão, mas com esforço é possível. Se especializar e aprimorar habilidades é importante também, o mercado não é ruim para quem é bom.
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